O cenário econômico de Cachoeiro de Itapemirim tem sinalizado um futuro promissor para o município. Essa prosperidade econômica tem atraído investimentos de outros setores como o imobiliário. Segundo o Sindicato da Indústria e Construção Civil do Espírito Santo, nos últimos dois anos foi registrado um aumento de 15% no setor e espera que ele cresça em média 5% anualmente.
Hoje são 444 unidades em construção e mais 267 para serem lançadas até o fim do ano pelas seis construtoras que atuam na cidade. Um total de 711 novos prédios residenciais.
De acordo com Gilsimar Cipriano, proprietário da Cienco Engenharia, o que mais tem atraído as construtoras para Cachoeiro é a grande demanda por apartamentos que oscilam o valor entre R$80 mil e R$300 mil. “A procura tem sido por unidades de dois ou três quartos em diferentes bairros da cidade. Há um mercado em aberto para construção de conjuntos habitacionais e condomínios fechados com valores mais baixos e que permitam financiamento com prazos ainda maiores”, explicou.
Gilsimar disse ainda que o perfil do consumidor atual é formado por profissionais liberais e empresários que procuram por apartamentos com valor médio de R$180 mil.
Ele aposta que o crescimento do município possa aumentar ainda mais a oferta de moradia. “Vai ajudar muito, mas é preciso esperar ainda para ver quando vai acontecer e não ter prejuízo”. Já o presidente do Grupo Creta Engenharia, Custódio Murta, diz que embora haja previsão de crescimento, é preciso cautela, pois ainda existem fatores que podem atrapalhar os investimentos.
“O município precisa ir se adequando aos poucos a este crescimento, pois vemos que ele está esbarrando em um trânsito caótico e na falta de infraestrutura em alguns setores, além disso, ainda existe ainda muita burocracia, sobretudo na liberação de documentos”, apontou Murta.
O empresário informou ainda que há uma tendência de construção em bairros fora do eixo central da cidade. Atualmente os imóveis mais valorizados ficam nos bairros Gilberto Machado, Paraíso, Independência, Amarelo e Centro. “Há uma convergência para bairros mais periféricos, mas ainda é pouca. Acreditamos que ela possa crescer muito nos próximos anos”, conclui o empresário.
